13 de jan. de 2011

Sobe para 365 o número de mortos pelas chuvas no Rio

Prefeitura de Teresópolis confirma 158 vítimas. Nova Friburgo tem outras 168 mortes e, Petrópolis, 39



Já chegam a 365 os mortos em consequência das fortes chuvas que atingiram o Estado do Rio de Janeiro entre a noite de terça-feira (11) e a madrugada de quinta-feira. Ainda há desaparecidos, segundo informações da Defesa Civil do Estado, além de milhares de desabrigados. Entre as vítimas, estão familiares do economista Erik Conolly, diretor da holding do Icatu.

Em Teresópolis, uma das cidades mais atingidas na Região Serrana, mais de 600 pessoas estão em abrigos, sendo pelo menos 300 em um ginásio, segundo a Defesa Civil municipal.



Com casas destruídas e sem ter para onde ir, famílias interias buscam abrigo em ginário de Teresópolis

Segundo balando da Defesa Civil, há pelo menos 13 mil desabrigados (aqueles que perderam tudo e necessitam de abrigos públicos) ou desalojados (aqueles que podem contar com a ajuda de vizinhos e familiares). Em Petrópolis há 3.600 desalojados e outros 2.800 desabrigados. Em Teresópolis a Defesa Civil contabiliza 960 desalojados e 1.280 desabrigados. Em Nova Friburgo, ficaram desalojados 3.220 pessoas e, 1.970, desabrigadas.

O prefeito de Teresópolis, Jorge Mário Sedlacek, disse em entrevista à TV, na tarde de quarta-feira, que a cidade tem mais de 500 desabrigados e ao menos 15 bairros afetados pelas chuvas. "Essa é a maior catástrofe da história do município", afirmou.
Em Nova Friburgo, segundo os bombeiros, no bairro Alto de Olaria, o desabamento de um prédio de três andares matou uma menina, de aproximadamente 9 anos, e um homem, de 67 anos. Bombeiros continuam procurando por possíveis vítimas que estejam embaixo dos escombros do edifício, já que a informação de vizinhos é de que três famílias moravam no local. Há informações de que três pessoas estão desaparecidas. Segundo a Defesa Civil municipal, o prédio estava localizado em uma área próxima a encostas e as fortes chuvas que atingiram o município na noite de terça-feira podem ter abalado a sua estrutura.


Refúgio
Segundo relato da internauta Lucienne Guberman, enviado ao Minha Notícia, moradores de Teresópolis se refugiaram em locais altos. “Estou fazendo contato de Niterói. Minha família toda mora em Teresópolis, minha mãe, seus irmãos e netos, e estou em contato com outros moradores locais. Sei que há pessoas, inclusive crianças, que se refugiaram num local alto e plano esperando resgate que só poderá ser feito com helicóptero. A situação está caótica no Bairro Espanhol. Conheço o bairro. Dez casas desabaram! Doações são recebidas no Ginasio Pedrão, ao lado da rodoviária da cidade”.


Moradores ilhados



O rio Santo Antônio, em Petrópolis, transbordou e, em alguns pontos da região do distrito de Itaipava, a água chegou a mais de dois metros de altura. Muitos moradores, de acordo com a prefeitura, estão ilhados.
Em Corrêas, Araras e Vale do Cuiabá, deslizamentos de terra impedem a passagem dos veículos. A prefeitura informou que equipes da Secretaria Municipal de Obras já foram mobilizadas para liberar as vias.
O vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, mobilizou todos os helicópteros do governo, inclusive das polícias Civil e Militar, para apoiar as ações nas regiões mais castigadas pelas chuvas.
O governador do Rio, Sérgio Cabral, determinou que todas as secretarias e áreas operacionais do Estado intensifiquem o trabalho que já estavam realizando, por conta das fortes chuvas dos últimos dias, junto aos municípios da Região Serrana.
Cabral solicitou ao comandante da Marinha Brasileira, almirante Júlio Moura, helicópteros da Força Armada para ajudar no deslocamento de mais tropas e equipamentos do Corpo de Bombeiros. O governador deve visitar a região na quinta-feira (13).



Deslizamentos



Um boletim parcial do Corpo de Bombeiros indica que entre a noite de terça-feira e a madrugada desta quarta-feira ocorreram mais de 30 deslizamentos de terra na Região Serrana. A corporação afirma que os estragos causaram "várias vítimas", mas ressalta que o balanço oficial só será divulgado "quando os trabalhos de resgate forem encerrados".
O major do Centro de Operações do Corpo de Bombeiros, Gil Kempers, explica que o número de vítimas pode aumentar pelas dificuldades de comunicação entre a central e os quartéis, muitos deles sem energia elétrica e sem linhas telefônicas.


Embed Rodovias interditadas

A rodovia Lúcio Meira (BR-393) foi parcialmente interditada na noite de terça-feira após o desmoronamento de uma barreira na altura do município de Sapucaia, na Região Centro-Sul do Rio de Janeiro. Agentes da Polícia Rodoviária Federal auxiliam os motoristas no trânsito.
Na rodovia Rio-Juiz de Fora (BR-040), há diversos pontos bloqueados. Na descida da Serra de Petrópolis, na altura do km 97, o tráfego voltou ao normal após limpeza da pista. Um caminhão que transportava queijo tombou na madrugada e espalhou a carga na via. Outros dois pontos registraram problemas. Houve deslizamentos em Três Rios e no Areal.
A rodovia Rio-Teresópolis (BR-116) segue com tráfego interrompido entre Teresópolis e Além Paraíba desde a madrugada desta quarta-feira no trecho entre o km 76 (Prata) e o km 54 (próximo ao acesso a São José do Vale do Rio Preto). A via está com vários pontos de alagamento. Não há previsão para liberação.



São Paulo e Minas


Entre segunda-feira e terça-feira um forte temporal causou a morte de 13 pessoas em diferentes pontos do Estado de São Paulo. O rio Tietê inundou a Marginal Tietê, uma das principais vias da cidade, resultando em imensas filas de automóveis.
Em Minas Gerais pelo menos 16 pessoas morreram desde novembro e 65 cidades estão em estado de emergência. As chuvas que começaram em novembro forçaram o deslocamento de mais de 100 mil pessoas em toda a região sudeste do País e causaram um número extra-oficial de quase 60 mortos.



Fonte:IG
*Com informações da EFE e Agência Estado




Imagens aéreas mostram tragédia em Teresópolis
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