2 de mar. de 2014

Verão sem chuvas aumentará nos próximos anos, diz Inpe

Redação - Veja.com - 28/02/2014




falta de chuvas durante o verão se tornará cada vez mais frequente no Brasil nos próximos anos, segundo o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Gilvan Sampaio. A razão é o aumento da temperatura em todo o globo terrestre, o que tende a potencializar a intensidade dos eventos climáticos no futuro. "Os extremos climáticos serão mais frequentes. Quando chove, chove com maior intensidade. O período seco será mais prolongado e intenso", diz Sampaio. Para o especialista, o setor elétrico brasileiro, cujo sistema que é predominantemente hidroelétrico, precisa estar preparado para lidar com as mudanças climáticas.

MUDANÇAS CLIMÁTICAS
O aumento das temperaturas tem colocado em xeque uma máxima conhecida entre os especialistas em meteorologia de que, no Brasil, o verão é chuvoso e o inverno, seco. Em 2014, tem ocorrido o oposto, com o verão extremamente seco. A causa é um bloqueio atmosférico formado por uma massa de ar quente e seca, que tem impedido o avanço das frentes frias causadoras das chuvas.

De acordo com Sampaio, normalmente, esse sistema de alta pressão se forma no meio do oceano Atlântico. Porém, essa massa se posicionou mais próxima ao continente desta vez. Além de impedir as chuvas, o sistema de alta pressão se caracteriza por temperaturas elevadas, como pode ser observado nos sucessivos recordes de temperaturas registrados nas principais cidades brasileiras nas últimas semanas.

A ocorrência desse fenômeno gera o aumento da temperatura dos oceanos, intensificando o processo de evaporação. Com isso, nuvens mais profundas são formadas e, uma vez "furado" o bloqueio atmosférico, chuvas mais intensas ocorrem. No fim de semana passado, uma frente fria conseguiu superar a massa de ar quente e seca, ocasionando chuvas no Sul e no Sudeste. 

Contudo, o especialista do Inpe afirmou que a massa de ar quente e seca voltará a ganhar força nas duas próximas semanas, elevando novamente as temperaturas. "A expectativa é que, em março, o bloqueio atmosférico se dissipe. Mas aí só estará restando um mês de chuvas", afirma. 

falta de chuvas, aliada ao consumo elevado de energia, contribuiu para reduzir significativamente o nível dos reservatórios das hidrelétricas. Os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o maior e mais importante do país, operam com 35,5% da capacidade, menor nível desde 2001.

CHUVA E CALOR
Os modelos meteorológicos mostram uma mudança no comportamento das chuvas, segundo Sampaio. Em termos de volume, não há nenhuma alteração significativa, exceto no possível aumento das precipitações na região Sul (especialmente no Rio de Grande do Sul). Contudo, o que se projeta são chuvas cada vez mais intensas e concentradas, com longos períodos sem chuvas e temperaturas mais altas. "Episódios o como do Espírito Santo no fim do ano passado ou de Petrópolis há dois anos se tornarão cada vez mais comuns", comentou.

Sampaio afirmou que, com o aumento de temperatura, em regiões do país com alta disponibilidade hídrica, as chuvas tendem a ser cada vez mais fortes, tendo em vista a intensificação do processo de evaporação. Em regiões com menor disponibilidade hídrica, o movimento é o inverso e a tendência é de as secas se tornarem cada vez mais severas. "Além disso, observa-se que a frequência de dias e noites mais frias está diminuindo, enquanto está aumentando a frequência de dias e noites mais quentes", explica.

O aumento de temperatura também favorece a formação de bloqueios atmosféricos, como o observado atualmente. "A frequência de bloqueios como o atual pode aumentar, mas não sabemos qual o período de recorrência. Em vez de ocorrer, por exemplo, a cada quarenta anos, isso pode ocorrer a cada trinta anos, vinte anos ou dez anos. Não sabemos exatamente", diz o pesquisador do Inpe.

Sobre a situação atual, Sampaio afirma que os dados meteorológicos não apontam para a formação da chamada Zona de Convergência do Atlântico Sul, caracterizada por chuvas intensas e constantes. "Apostar que em março irá chover em nível suficiente para compensar a falta de chuvas em janeiro e em fevereiro é bastante arriscado. Não há nenhuma indicação de que está sendo formada essa zona de convergência, que faria chover por seis ou sete dias seguidos", afirma.

21 de fev. de 2014

Um alerta : Represa Billings

Você conhece a represa Billings?A represa Billings é um dos mais importantes reservatórios de água da região metropolitana de São Paulo. Foi idealizada em 1930 e 1940 pelo engenheiro Billings.
Inicialmente a represa tinha como objetivo armazenar água para a usina hidrelétrica Henry Borden, em Cubatão. 
Devido ao aumento da população aos arredores da represa, agora ela sofre com a maior parte poluída por esgotos domésticos, industriais e metais pesados. Apenas os braços Taquecetuba e Riacho Grande são utilizados para abastecimento de água potável pela Sabesp.


Tão grande, tão bonita ( de longe). E além de tudo, conta com algumas espécies de peixes. 







A realidade da Represa Billings hoje em dia.









Por isso criei uma Petição, não sei se dará resultados, não sei se terá mudanças. Mas estou fazendo a minha parte. Faça a sua também : Assine a Petição .


Lembre-se, não polua e não jogue lixo no lugar errado !
Até mais ver. 

9 de dez. de 2013

Como enfeitar árvores para o Natal sem machucá-las





Nessa época do ano, as luzinhas de Natal que decoram as árvores das cidades se tornam cada vez mais presentes nas ruas do Brasil. A iluminação marca a chegada das festas de fim de ano e, em muitos locais, é tão elaborada que chega a virar ponto turístico entre dezembro e janeiro. No entanto, sem querer, podemos prejudicar a saúde das plantas que, nesta época, servem como "objeto de decoração", mas durante todo o ano prestam serviços essenciais para a garantia da vida no planeta(leia também: Árvores: verdadeiras fábricas de saúde). 

"Quando perfuramos a árvore para colocar as luzinhas ou mesmo quando utilizamos arames ou fios de nylon para amarrá-las, machucamos os tecidos da planta. Esses ferimentos facilitam o aparecimento de fungos e bactérias na árvore, que ameaçam sua saúde e a deixam mais vulnerável a doenças", contou Ricardo Cardim, biólogo, ambientalista e fundador da Associação Amigos das Árvores de São Paulo

Mas não precisa sair por aí militando contra as luzinhas e enfeites de Natal que decoram as árvores da cidade. Segundo Cardim, é possível colocar os enfeites nas plantas sem machucá-las: "Materiais biodegradáveis, como barbante de fio de algodão, cumprem a mesma função dos arames, mas não machucam a planta e nem prejudicam o meio ambiente, caso sejam esquecidos no local", explicou. 

ILUMINAÇÃO O ANO TODO, NÃO Enfeitar as árvores com luzinhas durante cerca de um mês para comemorar as festas de fim de ano não atrapalha a fisiologia das plantinhas, no entanto, Cardim faz um alerta para aquelas pessoas que acham a iluminação tão bonita que optam por adotá-la o ano inteiro. "Nesse caso, as luzes prejudicam a árvore, porque bagunçam seu processo defotossíntese", afirmou o biólogo. O motivo? É simples: as plantas fazem fotossíntese durante o dia, porque precisam do sol. Se ficarem iluminadas 24 horas, confundirão a luz artificial com a solar e realizarão o processo sem parar, o que prejudica sua fisiologia.

Portanto, luzinhas nas árvores apenas no período natalino e amarradas com materiais menos agressivos. "Se for assim, até considero esses enfeites positivos para as árvores, porque eles chamam a atenção da população para elas. Fazem as pessoas perceberem que elas são parte fundamental da cidade", opinou Cardim.


Débora Spitzcovsky
Planeta Sustentável - 01/12/2011

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