16 de nov. de 2011

No Oriente Médio, kibbutz é exemplo de sustentabilidade

Além de garantir a igualdade entre todos os seus membros, o Kibbutz Lotan, localizado ao sul de Israel, funciona à base de muita sustentabilidade, com sistema de reaproveitamento de água, produção de energia solar e reciclagem e compostagem de lixo


Foi no ano de 1983 que um grupo de jovens dos Estados Unidos, Austrália e Israel resolveu se juntar para fundar um kibbutz moderno no meio do deserto. A vida não é fácil numa região conhecida pela aridez. Para completar, o assentamento comunitário está localizado no corredor entre a Jordânia e a Faixa de Gaza, umas das áreas mais conturbadas do Oriente Médio.

O princípio básico de todo kibbutz é simples: uma comunidade em que seus membros têm acesso a recursos iguais, independentemente do tipo de trabalho que realizam. O Lotan é inovador porque dispõe do Centro de Ecologia Criativa e Aprendizagem Ambiental, com foco em Permacultura e Design de Ecovilas, que oferece uma infinidade de experiências na área de sustentabilidade e ecologia.

"A proposta é diminuir o impacto que o ser humano vem causando no ambiente", diz Mark Naveh, um dos fundadores. Em 2006, o kibbutz foi reconhecido pela Global Ecovillage Network. Pudera: até as casas são feitas de lama, argila e palha, mas nem por isso são menos resistentes que as construídas com alvenaria convencional.

Todas as casas estão interligadas a um sistema de reaproveitamento de água, reciclagem de sólidos, além de utilizarem painéis solares para geração de energia. Ambientes comunitários têm lixos separados para reciclagem, e todo o lixo orgânico passa por um processo de compostagem que vira adubo para utilização nas plantações. A água utilizada em chuveiros e torneiras é reaproveitada para irrigação de toda a região.

Toda essa inovação vem atraindo bastante atenção de estudantes ao redor do mundo. "Acabei de terminar minha graduação em engenharia ambiental e tenho certeza de que essa experimentação está sendo fundamental para os próximos passos da minha carreira", afirma Marcus Adjon, jovem norte-americano integrante do curso de Aprendizado Ecológico, com duração de quatro meses.



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