22 de fev. de 2011

Terremoto na Nova Zelândia deixa 75 mortos e 300 desaparecidos

Segundo prefeito de cidade atingida por tremor de 6,3 graus, ainda não se sabe o número de pessoas presas nos escombros



 
 
 
O número de mortos no terremoto da Nova Zelândia subiu de 65 para 75 nesta quarta-feira (hora local), informou o primeiro-ministro John Key citando dados da polícia.

Segundo o prefeito de Christchurch, Bob Parker, 300 foram registrados como desaparecidas, afirmando, porém, que o número de pessoas presas nos destroços ainda não é conhecido. Previamente, autoridades disseram acreditar que mais de 100 moradores estivessem presos entre os escombros, além de um grupo de estudantes japoneses que fazia visita ao local.
Um terremoto de magnitude 6,3 atingiu local perto da cidade no horário do almoço nesta terça-feira, causando o colapso de prédios e fazendo com que escombros caíssem sobre carros e pedestres. Diante da catástrofe, o primeiro-ministro decretou o estado de emergência.

Segundo Parker, "55 corpos foram identificados no necrotério, e há outros 20 mortos cuja identidade ainda não foi definida".

As equipes de resgate procuram por sobreviventes entre os destroços de prédios destruídos e conseguiram retirar 15 sobreviventes dos escombros de um edifício de seis andares.
"É uma cena de destruição total", afirmou o primeiro-ministro. "Podemos estar testemunhando o dia mais negro da história da Nova Zelândia."
O vice-primeiro ministro Bill English disse que não serão poupados esforços para encontrar sobreviventes. "O governo está disposto a colocar tudo o que têm nos trabalhos de resgate", afirmou.
A Catedral de Christchurch, construção de pedra que é um dos símbolos da cidade, foi parcialmente destruída, com parte de sua torre desabada sobre a praça em frente. Muitas calçadas e ruas da cidade estão destruídas e milhares de moradores foram vistos chorando e tentando ajudar os feridos, já que os serviços médicos estão sobrecarregados.

Muitos relatam assustados o momento do terremoto: "Foi horrível", contou o morador Nathanael Boehm, que estava em uma estação de trem. "As pessoas foram cobertas por destroços, por toneladas de concreto." Outra moradora, Ann Voss, chegou a telefonar para os filhos para se despedir. "Minha filha chorava e eu também, porque realmente achei que fosse morrer", contou ela à emissora TV3. "Queria dizer que a amava."

O terremoto foi registrado às 12h51 no horário local (20h51 de segunda-feira em Brasília) e teve seu epicentro a dez quilômetros a sudeste da cidade e a apenas cinco quilômetros de profundidade. O tremor foi seguido de outros dois de menor intensidade: um de 5,5 e outro de 4,2 graus.
Os danos provocados pelo terremoto são muito piores do que aqueles causados por um tremor de magnitude 7,1 registrado em setembro. O último terremoto com mortes no país havia sido em 1968, quando outro tremor de magnitude 7,1 deixou três mortos na costa oeste.
A Nova Zelândia está ao sul do chamado Círculo de Fogo do Pacífico, acima de uma área da crosta terrestre na qual a placa tectônica do Pacífico se encontra com a placa indo-australiana. O país registra cerca de 14 mil tremores ao ano, dos quais somente cerca de 20 em média com magnitude superior a 5.



*Com AP, AFP e BBC







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